sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

malandragem...

agora, um brinde ao exemplo maior da espécie. só subiu na cruz porque sabia que ia ressucitar. malandro é malandro, mané é mané.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Samantha diz:
vc viu quando eu cheguei ontem com uma morena baixinha?
nhé diz:
vi sim... pq?
Samantha diz:
ela ficou nervosa quando te viu
nhé diz:
ah, tá zoando... cara, vcs são fodas... na hora vcs não me dizem essas merdas...
Samantha diz:
no carro karine ficou pondo pilha
oh, o Mauro é mó mau humorado, chato, marrentão
nhé diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
vcs são fodas...
Samantha diz:
todo mundo acha isso de vc. na companhia umas 6, 7 pessoas já vieram perguntar.
tipo, ele é mesmo mau humorado?
rsrsrsrsrs
nhé diz:
hauahuauhhua
nhé diz:
cara, aumenta esse mito... confirma tudo... diz que eu sou insuportável... e cobro pra falar com os outros, igual jogador argentino...
Samantha diz:
rsrsrsrsrsrsrsrsrs
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Vizinhança

a minha rua possui doze postes de iluminação pública. se para cada um a distancia é de 50 metros, eu e meu porteiro concordamos que temos 100 metros de vizinhos de cada lado da rua. conto como vizinhos apenas os prédios e casas inclusos nesses 100 metros. o meu lado conta com pelo menos 65 metros de pessoas insignificantes, mas vou encaixá-los na lacuna de vizinhos, já que os vejo com regularidade indesejada. para o bem ou para o mal. na prédio da frente, ao lado esquerdo, mora uma família evangélica detentora de um pequeno comércio varejista de inutilidades e guloseimas. passaram os últimos 40 anos praticando a arte do viver mal em sociedade. dizem que mudaram a partir de 2002. Brasil campeão de futebol e eles nunca mais foram o mesmo. para o bem. quase passei a acreditar que o futebol é uma coisa mesmo incrível e consegue unificar os povos em busca de um só sonho. agora sei que o patriarca da família está mesmo é morrendo de algum tipo de câncer e resolveu ser um cara agradável, o que é um verdadeiro contra-senso, já que não faz sentido algum pedir desculpas a alguém se você sabe que vai morrer. ao lado deles e de frente pro meu prédio moram vizinhos relativamente novos. ainda não completaram 2 meses na rua, embora a casa já deva ter umas 5 décadas. a matriarca da casa é surda e isso parcialmente explica os mais de 20 anos de matrimônio, já que o marido dela fala pra caralho. são duas filhas. uma bem gostosa e que nunca mais vi e outra que vejo às vezes, mas nunca mais comi. ao lado deles moram uma senhora dona de um bar, o ex marido da senhora dona do bar, a filha deles dois, alguns cachorros e muitos ratos que atravessam a rua no meio da noite. um dia meu porteiro foi dizer a ela sobre os ratos, mas como ela mora com seu ex-marido há mais tempo que eu caminho sobre a face ocidental da terra, não pareceu se importar. me lembro que quando eu era criança e gostava de ir com minha prima brincar com a filha de uma velha parecida com ela, só pra poder ver o altar que ela tinha nos fundos da casa, pros santos e outras divindades do candomblé. um dia derrubei um índio, que derrubou a Maria Padilha, que derrubou um preto-velho e que trincou um vaso de barro. desde então minha memória seletiva só me permite lembrar que nunca mais fui lá. voltando ao assunto, o final da rua é estrnho... já é outro bairro, mas funciona assim: um grande terreno com algumas casas onde existem mais mulheres do que homens, mais praticantes do que virgens, mais filhos do que pais, um gay e todos são parentes. dali não comi quase ninguém. até ao final da rua, são mais três clãs de moradores e com nenhum deles tenho estreitamento de laços. exceto as mulheres, com quem me sinto incrivelmente mais tentado a socializar. possuo algumas qualidades e dentre elas não existe nenhuma que se destaque muito pela dignidade ou integridade moral. isso explica muitas coisas, me poupa de várias outras e me ajuda em quase nenhuma. quase nenhuma.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

sincero breu

Diazepam... 10mg... insônia, me acompanha desde os 11, 12 anos... se não me falha a memória, começou mais ou menos por aí... as vezes ela me abandona, não chego a sentir falta, mas também não a vejo como um problema... só as vezes, e aí nem os tarja preta me libertam dela. Mas, geralmente, ela é uma boa companheira. Internet, insonia e eu... um bom power trio. A noite me encanta bem mais que o dia. É na madrugada que as coisas acontecem. O dia é muito comum. Sol, calor, gente demais, prazeres de menos. Acho que tudo faz mais sentido na madrugada. Até mesmo o som que estou ouvindo agora. Filmes de Guerra, Canções de amor. É um puta disco. Dizem ser acústico. Quem fez chama de acústico. Outros dizem ser semi-acústico. Bom, técnicamente falando, se tem guitarra não é acústico. Mas as guitarras usadas são semi-acusticas. 8 ou 80? Guitarras semi-acusticas com pedais. Não, definitivamente não é acústico. As mulheres não ficam semi-grávidas... confuso. Mas, repetindo, as coisas fazem muito mais sentido na madrugada, depois da meia-noite. A imaginação voa longe, o silêncio da noite é terapeutico. Te leva a lugares que o dia não te permitiriam ir. É meu horário predileto para ter uma conversa ao telefone. Já passei longas madrugadas assim. pessoas diferentes, assuntos diversos. Acende mais um cigarro, outro gole de café. O word marca 230 palavras, o relógio te diz que são 3 da manhã. Logo amanhece e acaba-se mais uma madrugada. Hora de ir dormir, enquanto minha mãe acaba de acordar. Antigamente travávamos longas discussões sobre meus horários. Há muito ela desistiu. Aceitou o fato de eu ser melhor de madrugada. Durante o dia nunca conversamos muito. Durante o dia nunca falo muito. Na verdade não costumo falar muito, não quando estou sóbrio. Talvez seja timidez. Na verdade não falo por não encontrar pessoas que tenham assuntos muito interessantes, ou que entendam o que quero conversar, então, viro um ótimo ouvinte. As pessoas tem assuntos muito superficiais. Falar como foi o dia, o que o cara do palio branco anda fazendo, tudo balela, coisas banais. Não me interesso pela vida alheia. Para ter conversas assim prefiro me isolar. Me agrada mais a companhia do meu violão e das músicas no meu hd que 99,5% das pessoas que conheço. Não sou uma pessoa fácil de se compreender. 8 ou 80. É certo que os que me odeiam estão com a razão. Não sou uma boa companhia. Devem acreditar neles. E assim acaba mais uma madrugada. Não escrevo me fazendo de vítima, não sei atuar. Se a Renata ler isso irá gargalhar. Me acha um bom ator. Acho até que eu alimentei essa opinião. Fazia ela sorrir com isso. "Faz parte do show". Se faz de tudo quando se quer beijar alguém, mas não atuei quando consegui. Saudades dela. Preguiçosa, como toda psicóloga. Está entre os 0,5% das pessoas que me suportam. Rostinho angelical, um belo sorriso. Sempre que lembro dela a primeira imagem que vêm a mente é o sorriso. Lindo. Com um sorriso desses, impossível imagina-la triste. Só perde pra um outro. Patricia. Se houvesse um concurso, meu voto com certeza seria dela. Espero há uns 4 anos que ela cuide da minha tendinite, mas ela anda perdendo tempo cuidando das feridas dos pés de um peão. Programo a lista de músicas no winamp. Alguém além de mim ainda usa isso? Acho que todo mundo usa o media player. Mas eu prefiro o winamp, assim como ainda torço por uma re-descoberta do icq. Bons tempos de internet discada, com aquela sinfonia que era o barulho de modem conectando. Música para meus ouvidos. Quando se começa a ficar nostálgico, hora de parar. O diazepam ainda não fez efeito, mas acho que se deitar apago. Before landing check-list complete, girando base, perna do vento... livre pouso... lado esquerdo da cama... no colchão aos 35... boa noite.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Visitas

- Não se ofendam, mas eu estou completamente nu.






Se existe algo com que eu me sinta completamente bem, é constranger visitas.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

se por ventura for...

do dia em que nasci até hoje somam-se mais ou menos 24 anos. eu levaria alguns minutos pra contar tudo o que se passou, mas apenas as partes sem dignidade alguma seriam completamente verdadeiras.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

existe apenas um fato mais agradável do que não fazer nada durante um dia inteiro. é saber que você terá um dia inteiro para fazer absolutamente nada. e é o que explica a felicidade implícita, contida muito mais na véspera da folga do que no dia da folga em si. eu possuo uma carga horária de trabalho de, no máximo, 80 horas por mês, o que não significa que eu passe as outras 712 horas em casa coçando o saco... também tenho um endereço comercial para constar nos autos da justiça. o que, no dia que eu for julgado, perante a juíza, não querendo dizer nada, não querendo dizer nada novamente, não vai dizer nada mesmo. por hora eu estou tecnicamente posicionado em alguma coisa parecida com o purgatório. uma imensa sala de espera com paredes pintadas de bege e tocando "Wave", do Tom Jobim, que só serve mesmo pra aumentar a angustia, ao invés do contrario. esperando por um teologúmeno que me retire de lá sem nenhuma explicação sensata, ou uma explicação idiota como a do Cristianismo para retirar os velhos do Antigo Testamento que jaziam mofados no purgatório, já que tiveram a "infelicidade" de não serem contemporâneos de Jesus, tendo todos morrido sem aceitar alguém que nem havia nascido. e, nascimento por nascimento, tem o do meu filho, que há alguns anos atrás ameaçava vir entre os dias 15 e 30. ainda bem que eram só ameaças. e, pensando bem, de todos os filhos que eu quase tive, houve um pelo qual me apaixonei. o que me obrigou a comprar um teste pra dizer que realmente era só ameça e que não viria salvar ninguém, muito menos tirar alguém do purgatório. o nome dele seria Craudiomiro e eu quase o tive com umas três mulheres. agora eu quero uma menina e o nome dela será Julia.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

tudo depende de tudo. o meu trabalho é sorrir e ser paciente. faço isso sem pudor algum. perco muito de minha credibilidade por isso, mas eu prefiro dinheiro a credibilidade, o que me aproxima bastante das prostitutas. prostitutas são mulheres que não se importam com a credibilidade pois mentem para todos. todos têm pirocas hedionda e são gostosos que fodem como atores de filmes pornô, que por sinal não alugo pois inventaram o youporn. nunca nenhuma prostituta sem credibilidade me disse que possuo uma piroca hedionda e trepo como ator de filme pornô. perto da minha casa tem um lugar chamado 484. lá existem prostituas que não se importam com a credibilidade e mentem pra todos. tenho vontade de ir lá ser enganado por prostitutas sem credibilidade, mas vontade é coisa que dá e passa, como eu, que passo todos os dias em frente ao 484 e acabo decidindo gastar meu dinheiro em videogame e jujubas, o que me aproxima dos gays. gays são pessoas com comportamentos diferentes da maioria. a maioria agiria pelo instinto sexual, o que os aproximam dos animais. animais são seres que agem pelo instinto pq não são inteligentes, mas podem ser educados um dia, oq os aproximam de crianças. crianças são pessoas pequenas que ainda não aprenderam a agir pelo instinto sexual, que choram quando estão tristes e sorriem quando estão felizes pq ainda não sabem falar. depois de um tempo, elas crescem e passam a chorar e sorrir com menos freqüência, pq aprendem a falar com facilidade, o que os aproximam de papagaios. papagaios são aves que aprendem a falar com facilidade devido ao ambiente em que vivem. no geral, aprendem a pedir coisas e proferir palavras de baixo calão quando não são atendidas, o que as aproximam de seres humanos, que assim como eu, vc e sua mãe, somos gananciosos, sem credibilidade, egoístas, influenciáveis, egocêntricos e principalmente mentirosos, quando dizemos que dá pra ser feliz sozinho.

obs.:
- Esse fim de semana o barco vai embora. Vai navegar no imaginário coletivo. O bom é saber que fizemos parte desta viagem

quinta-feira, 29 de maio de 2008

AH, É EDMUNDO!

Sou vascaíno. Apaixonado por futebol. Poderia ter me tornado torcedor de outro time, vá explicar os caminhos da vida. Mas meu tio/primo era vascaíno, meu pai é mulambo (flamenguista)... pronto, não tem explicação. Mas não quero falar do Vasco agora. Quero falar de futebol. E estive pensando no Edmundo, que pode ser tanto sinônimo de Vasco quanto desse esporte que, sinceramente, de bretão não tem nada. Futebol rima com Brasil.
Ontem, Edmundo perdeu o pênalti contra o Sport e o Vasco foi eliminado. Em pleno São Januário, lotado de torcedores que, esperançosos, não podiam pensar com frieza. Eu também não pude, pois sou torcedor apaixonado também. Mas, hoje, parei para pensar, depois de ver o Animal, com olhos chorosos, dizendo que ia parar, dizendo que não agüentava mais essas emoções... Ontem, sofri por causa dele, mas hoje estou feliz pelo mesmo motivo. Parece contraditório?
Contraditório é torcer por quem não demonstra paixão nenhuma por mim, torcedor. Por quem só quer dinheiro, fama e poder. Ei, calma aí, não sou um utópico e ingênuo que não quer dinheiro. Quero sim, quero viver bem, viajar, aproveitar. Só não preciso é de exageros, de abuso, de ostentação.
Cansei. Cansei de ver os jogadores, profissionais da bola, virarem as costas pra mim com um simples aceno do velho mundo. De ver minha seleção formada por jogadores que, de brasileiros, só têm a certidão de nascimento. De ver o atleta que beija o escudo de um time menos de um ano depois de jurar amor exatamente ao rival. Além disso, de dirigentes que enriquecem com isso, com a ganância e a voracidade dos atletas. E com essa minha paixão, até. Nem venham me acusar, e afirmar que eu devia era parar de torcer então. Não esqueçam: paixão sim, e tenho direito a ela. Não vou deixar de querer, de acreditar, de torcer porque alguns se aproveitam do futebol. Preciso, preciso sentir a torcida gritando, o estádio tremendo, o cara do meu lado, que nunca havia visto, chorando de alegria com um gol. Que seja de tristeza, pois isso é parte também. É até importante, caramba.
Poderia citar muitos, muitos caras. Bons caras. Que equilibraram a paixão com o profissionalismo, com o seu ganha-pão. O Roberto, Dinamite, comemorando seu último título como profissional, o Campeonato Carioca de 1992 (tinha só 8 anos e foi aí que me dei conta de que era vascaíno), ou o Zico, que só vi jogando ao vivo com a camisa do Vasco, num amistoso contra o La Coruña, em que o Vasco perdeu por 2x0 e era a despedida do Roberto... o mesmo Zico que foi algoz do meu Vasco tantas vezes. Mas, e daí? Não deixaria de admirá-lo por isso. Sorte dos flamenguistas. Tenho amigos mulambos, muitos por sinal. São meus rivais no futebol, não meus inimigos na vida. E, por tudo isso, desejo que o Edmundo não pare agora. E, se quiser, batendo seus pênaltis. São jogadores assim que reacendem minha paixão. Gente que é humana, erra, acerta, mas que demonstra paixão. Que vibra. E sofre, como eu sofro. Não é como alguns por aí, frios, milionários. Que parecem que jogam – e vivem – pelo dinheiro, só por ele. E nem aqui moram mais. Ganham em um ano o que eu provavelmente não ganharei em toda minha vida. Claro, eles têm esse direito. Mas eu também tenho o direito de ter como ídolo alguém mais vibrante, mais humano até, como eu e tantos outros, apaixonados por futebol.
Profissionalismo nunca atrapalhou. Ele é fundamental. Mas, essa frieza, essa voracidade financeira, ah!, isso não é ser profissional. E, lembremos: amador é adjetivo, e significa “aquele que ama”. Por que aceitar que profissional é quem deixou de amar?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sabonete

um sabonete. noventa gramas de mistura de seboato de sódio, glicerina e fragrância que podem mudar uma vida. a vida da minha prima mudou nove meses depois de um acampamento onde acamparam dentro dela. tem gente que muda depois de um câncer no pulmão ou uma bala alojada dentro do fêmur. mas, pelo jeito, você não. talvez um sabonete mude a sua vida.
eu tinha um vizinho que perdeu o fígado pelos bares da baixada. na baixada existem mais bares do que casas, só não há mais bares do que igrejas evangélicas e só não há mais igrejas evangélicas do que matadores, mas igrejas evangélicas servem para mudar a vida de matadores e pessoas que estão para perder o fígado em bares, logo, não me incluo na turma. nem dos matadores, nem dos cachaceiros e nem dos que freqüentam igrejas evangélicas. não me incluo nessa turma e nem na turma dos que se reúnem pra contar historinha triste, se fazer de vítima "iludida". gente muito triste é um saco. prefiro o tédio dos mau humorados ao olhar triste dos infelizes amargurados. gente presa ao passado é um saco. queria que um tiro no fêmur mudasse essa postura do ''ser'' infeliz. um câncer no pulmão, uma igreja evangélica ou então só um sabonete. noventa gramas de seboato de sódio, glicerina e fragrância.
tem gente que precisa de tragédias ou milagres pra mudar de vida. acredito em cada fato. acredito em cada furacão que arremessa crianças contra o nada. em cada aparição de um santo qualquer. santa fé. acredito em tudo. acredito também nos sabonetes, e prefiro. prefiro acreditar na capacidade mágica de lavar a moral e seguir em frente. e assim a gente vive.


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terça-feira, 6 de maio de 2008

completamente indevido

a mulher que eu amo é linda. embora, ao lado dela, eu inutilize 70% da minha inteligência, capacidade de raciocínio lógico e discernimento do imbecil, e ainda assim ela me fascina. durante toda minha vida nunca tive tantas mulheres quanto os outros achavam que eu tinha, embora tenha tido as mulheres que os outros achavam mais improváveis. no final do ano passado percebi que, se contasse por alto, não me lembraria de todas as mulheres com quem fiz sexo. se eu parar pra pensar e analisar detalhadamente me lembro, mas assim por alto não. e é extremamente compreensível afirmar que fiquei feliz nesse momento único de minha jornada ordinária.

ao longo do meu passado, em que estive solteiro, de todas as mulheres que pecaram contra a minha castidade, teve uma que foi indiscutivelmente a melhor. todas as vezes que fazíamos sexo sempre tive a clara impressão de que ela me fodia bem mais que eu fodia com ela. e isso era lindo. ela gostava de apanhar e me pedia gritando que eu batesse com força. bater pode ser uma coisa legal mas, como eu nunca gostei de apanhar, paramos de sair depois de vários confrontos e após ela ter dito que me amava. nenhuma pessoa com bom senso pode amar alguém que bata na sua cara. eu não argumentei isso com ela.

passei algumas semanas saindo com uma mulher que já é mãe. apesar dos seus 20 anos ela acabou me confessando que tinha apenas uma filha porque, na verdade, já havia abortado outras duas. logicamente eu me assustei com toda essa fertilidade e desde então não me arrisquei mais. hoje ela não fala mais comigo. confesso que me lembro saudoso das noites que ela me proporcionou.

houve uma mulher que reencontrei depois de anos e estava noiva. foi tudo muito rápido. da adição no MSN a subtração dos meus fluidos corporais foram dois dias. e ela estava noiva. ela dizia que sempre me amou e estava confusa com o reencontro. eu gostei disso. depois que fizemos sexo ela não falou mais nada e não saímos mais nenhuma vez. e eu gostei muito mais disso. o que ela queria mesmo era me dar e eu achei isso lindo. senti que aquilo era a revolução chegando com 48 anos de atraso, mas era a revolução. lindo.

durante toda a sua vida você vai ter quatro ou cinco ocasiões pra ser realmente inesquecível na vida de alguém. todas as outras ocasiões você só conseguirá mesmo é ser totalmente ordinário e indevido. sendo assim tenho, por verdade, 10 anos praticando a arte suprema de ser ordinariamente indevido. e me desculpe se por ventura cruzei teu caminho nesse meio tempo. era completamente indevido.

obs.: antes das críticas, é só um breve relato pra mostrar q, qdo encontra alguém, qualquer um muda... agora abaixem as pedras.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

às vezes eu acho que se eu fosse um porco meu dono estaria feliz. os porcos têm meia hora de orgasmo. eu tenho orgasmos todos os dias e nenhum de meia hora. mas tem gente que não tem orgasmo nunca. mesmo não sendo um porco, levo a vida numa boa. a minha mãe é humanamente intolerável 83% do dia. mas ela não tem um orgasmo há meia década, então eu relevo e continuo amando-a. às vezes eu acho que ela não merece mas, por merecimento, eu também estaria fudido sob qualquer aspecto, então não toco no assunto.

tenho uma vizinha que vive aqui em casa. agora ela vai viver menos pq arrumou um emprego. mas já está chorando, dizendo que vai se mandada embora pq eu nunca a ensinei mexer no computador. esse mundo é mesmo muito contraditório. eu nunca a ensinei a trepar e ela já tem 7 filhos. esse mundo é muito injusto. se fossemos porcos, estávamos todos felizes. meu dono, minha vizinha e o pai de seus 7 filhos. bem, menos a minha mãe. mas mães não fazem sexo e nem precisam de orgasmos. pq acabamos por gostar delas de qualquer forma. mesmo quando elas estão na ausência da felicidade de uma vida suína.

eu tenho trinta e dois dentes. se eu sorrir, aparecem cinco. se eu sorrir bastante aparecem treze. se eu não fizer esforço pra ser simpático, não aparece nenhum. no geral, não aparece nenhum e as pessoas ficam dizendo que não estou feliz. se eu fosse um pouco mais influenciável, acreditaria. acreditaria que a felicidade está em ter meia hora de orgasmo. arrumar um emprego, ter 7 filhos ou viver mostrando os dentes. sou feliz do meu jeito. se não demonstro, na maioria das vezes é por questões práticas. minha felicidade não é do tamanho do meu sorriso nem medida pela quantidade aparente dos meus dentes tortos.

sábado, 19 de abril de 2008

untitled

o tempo está feio lá fora e sinto que hoje eu poderia escrever para sempre. não sei porquê, mas estou com uma ousadia absurda de dizer qualquer besteira. e, a verdade é apenas uma: sou contra a censura e isso me faz bem. não quero nada que soe bonito, nao quero nada que precise de revisão, nao quero nada que mostre apenas um foco de visão: quero escrever sem ter fim, quero dizer sem ter motivo, quero inventar por inventar e isso me basta. palavras são minha companhia e não tenho preconceito: frases feias ou bonitas, de qualquer raça, cor, crença, fonte e tamanho, quero todas aqui. porque o tempo lá fora está feio e, por aqui, apesar do frio, tudo está (mais ou menos) bonito. palavras me colorem e me escrevem. olho pela janela e entendo. apesar de dificíl, é simples o mundo. o céu parece mais claro e até o cinza me traz um tom diferente: é só um novo jeito de ver, me sentir ou pensar em você.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Monguinha

Possivelmente, em toda minha vida, devo ter amado de fato umas 4 ou 5 pessoas e, se isso não é ser feliz, ao menos me é pratico.

Ela finge não ter ciumes enquanto me mato de rir da cara de revolta dela. E eu acho tudo isso um charme. Um metro e sessenta e sete de altura, que servem só pra desafiar a lógica de caber perfeitamente em meu peito. E coube.

Porque gostar de alguém é uma coisa extremamente ilógica. Você não precisa ser completamente imbecil pra se apaixonar por alguém e achar normal derrubar 90% de toda cura por alguém que você não sabe se será teu mau.

Gostar de alguém é um processo extremamente custioso. Embora, de início, totalmente indolor. De início.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Problemas

problema. cada um com um. todo mundo tem o seu. o da minha mãe era fazer sexo. o do meu pai era fazer sexo. resolveram os seus problemas. casaram. tem gente que faz de tudo pra transar.
mil novecentos e oitenta e três. minha mãe transando, meu pai transando, o povo querendo eleger um presidente e eu querendo nascer. se Deus fosse um sujeito peculiarmente razoável teria me dado um par de asas ou um gesso.

com seis anos todo mundo tem problema. cada um com o seu. e o meu era um gesso. meio quilo de massa branca pra engessar um pedaço do corpo só pra rabiscar na escola. e não tive. teria quebrado a perna chutando as costelas de um cachorro se chutar as costelas de um cachorro me quebrasse uma perna. um grande problema. o Brasil perdendo uma copa, o povo elegendo um presidente e eu querendo engessar um osso.

tenho um tio que diz que a minha geração é perdida. não tem historia pra contar. são dez anos de um nada indo pra lugar nenhum . ele diz que o meu problema é que eu não tenho problema. não que eu pense o contrario, só acho que teu problema é o maior porque é o teu problema. e só.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

love

No mundo em que vivo existem dois tipos de mulheres: as que eu decido amar e as que decidem me amar. e, descobrir as exceções dessa regra é uma coisa decididamente fantástica.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

eu fico triste quando chega o carnaval...

é carnaval e, pelo menos no Rio de Janeiro, 90% da população do expurgável antigo Estado da Guanabara diz estar indo pra cidade de Cabo Frio. outros 5% são de pessoas que dizem que vão mas, na verdade, vão para um sítio alugado em Xerém. o restante é composto pelos motoristas de ônibus, padeiros e eu. aquela porcentagem insólita que não viaja no carnaval porque vai ter que trabalhar.

se Deus quisesse castigar essa etnia controversa e malevolente, essa seria uma boa hora de lançar um meteorito sobre a cidade, da mesma forma que ele fez com Sodoma e Gomorra, já que todo Rio de Janeiro vai estar localizado num raio de 403Km2. como a últma vez em que Deus agiu de forma politicamente incorreta foi quando fechou o Mar Vermelho em cima dos egípicios, as chances do Cabofolia ser um fracasso são remotas.

enquanto toda a população do Rio de Janeiro estará tomando banho de balde, tendo em mente que o abastecimento de água do condado de Cabo Frio é afetado em todas as datas festivas pelo excesso de contingente, eu vou estar sofrendo nas mãos de alguém que se acha a perfeita encarnação do espírito divino. alguém que não possua excrúpulos ou pudor, assim como os motoristas de ônibus e padeiros.

o problema em trabalhar no carnaval é a tolerância de 1 a 3 copos de cerveja que eu tenho que me contentar em beber. talvez chegue ao quinto copo devido a total falta de compromisso com a verdade quando me perguntarem o motivo dos meus olhos estarem fechados. eu não sou um bom trabalhador. tudo pq tenho que trabalhar em mais um carnaval...

enquanto isso no Jornal Nacional...
“Previsão de chuva para os 4 dias de carnaval”

Pelo menos, água não vai faltar.

SOFRAM, VIAJANTES!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

mar á-ri-do

meu nome é César e tenho menos treze anos de idade. a lógica é simples: soma-se apenas até os dez primeiros anos de vida. se a mortalidade infantil não te leva, então a contagem se inverte. um ano de vida a menos para cada um que você completa. simples assim. eu tenho um avô que fugiu do quartel e migrou para não ir à Guerra. dignidade nunca foi o forte de minha estirpe e tem sido assim, pouco nobre, desde a desagradável década de trinta. eu trabalho carregando muamba. no mundo, para cada grupo de 10 pessoas, 1 homem deve ser plenamente realizado. ele é feliz. ele é notável. ele é incrível. e o patrão dele não acha que ele é um caminhoneiro evoluído. no meio do trabalho eu sempre vou ao banheiro e fico fingindo que estou cagando, enquanto, na verdade, durmo. também tenho uma mãe, uma cicatriz e duas irmãs. uma de verdade (infelizmente) e uma de mentira (infelizmente²). a minha mãe é desagradável sempre que quer, mas quando limpa a casa ela fica bem mais desagradável. uma irmã eu gosto muito e não vejo nunca. a outra eu não gosto nada e me enxe o saco sempre. ela tem 25 anos e gastou, em média, 23 deles agindo de forma completamente imbecil e ultrajante. a minha cicatriz tem uns 3 cm e possivelmente devo ter umas 7 versões de como arranjei-a. depende pra quem eu conto. não ligo. fui batizado na igreja católica, em alguma capela com nome de santo ou de alguma Maria. é lógico que eu acredito em Deus, mas tenho minhas dúvidas a respeito de seu filho, como todo ser humano dotado de habilidades imorais e frustrantes. todo mundo precisa de alguém pra por a culpa de seus fracassos e amarguras. e tem sido assim, pouco nobre, desde a desagradável década de 80. onde encontro-me, desde lá, afogado neste imenso már árido em que vivo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

duas coisas que eu odeio no horário de verão

a primeira – a mania das pessoas agirem, falarem e viverem em dois fusos... vc pergunta as horas para alguém e ela te responde: no horário velho ou no de verão? ou então a pessoa te convida para uma festa e diz: vai começar as oito que eram sete.... oras, se mudou o relógio, muda o discurso.... quem fica falando em fusos diferentes a toda hora é jogador de futebol, e não mortais inteligentes...

a segunda – acertar o relógio do vídeo... é sempre a mesma coisa... eu nunca decoro como se acerta aquele relógio... e o primeiro grande problema é saber onde se escondeu o manual... cada ano ele aparece num lugar... debaixo da cama, no cesto de roupa suja, escora de mesa manca .... ano que vem, já decidi... ao invés de caça ao ovo de páscoa, vou brincar de caça ao manual... já tenho até pontuação: manual de vídeo... cinco pontos... manual de microondas... dez pontos... manual da máquina digital traduzido para o português e baixado da Internet... dobra a pontuação já obtida... afinal, manter acertado o relógio de vídeo é uma questão de honra... pelo menos, até que a luz acabe....

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

profiles

carros profile são divertidos... agentes de polícia diriam que são igualmente perigosos... eu, porém, contento-me em achá-los divertidos... freio diante do sinal vermelho e observo o carro parado logo adiante... um adesivo proclama: “você pode ser médico ou advogado, mas precisou para tanto de um professor”... veja só... o motorista do carro da frente deve dar aulas de português ou geografia numa escola de ensino fundamental, vive frustrado pelos seus baixos salários e resolveu indignar-se contra a casta melhor remunerada desse brazilzão de meu deus como se dissesse: vocês me devem honorários, seus ingratos!... no pára-choque um outro adesivo alardeia: “nóis capota mas num breca”... sem dúvida, excluo a alternativa dele ser professor de português... o sinal fica verde... começo a achar a brincadeira divertida... espero que chegue logo o próximo sinal fechado... uns quinhentos metros adiante, tenho um novo carro profile à minha frente... vejamos quais as comunidades desse motorista... “flex academia” e mais dois adesivos sem escritas, mas com símbolos da cavalera e dos mergulhadores... deve ser um playboyzinho que gasta dinheiro do papai a rodo... afinal, o fato do carro ser um clio conspira em favor de tal hipótese... um último sinal e mais um carro profile... o motorista agora é a motorista... afinal, quem colocaria adesivo de florzinhas no vidro traseiro?... é estudante de administração (como todo mundo que não sabe o que fazer da vida) e faz natação... resolvo acelerar para dar uma buzinada e vejo que é bastante feia... já deveria saber que certas características precisam mesmo ser ocultadas nos profiles... chego e estaciono ... olho com atenção... nenhum adesivo... nenhuma pista externa de quem seja o motorista... me sinto um herói misterioso que precisa esconder sua identidade... ou um mineiro desconfiado como costumam ser todos aqueles que nascem naqueles gerais...