Há 16 anos
sexta-feira, 13 de junho de 2008
existe apenas um fato mais agradável do que não fazer nada durante um dia inteiro. é saber que você terá um dia inteiro para fazer absolutamente nada. e é o que explica a felicidade implícita, contida muito mais na véspera da folga do que no dia da folga em si. eu possuo uma carga horária de trabalho de, no máximo, 80 horas por mês, o que não significa que eu passe as outras 712 horas em casa coçando o saco... também tenho um endereço comercial para constar nos autos da justiça. o que, no dia que eu for julgado, perante a juíza, não querendo dizer nada, não querendo dizer nada novamente, não vai dizer nada mesmo. por hora eu estou tecnicamente posicionado em alguma coisa parecida com o purgatório. uma imensa sala de espera com paredes pintadas de bege e tocando "Wave", do Tom Jobim, que só serve mesmo pra aumentar a angustia, ao invés do contrario. esperando por um teologúmeno que me retire de lá sem nenhuma explicação sensata, ou uma explicação idiota como a do Cristianismo para retirar os velhos do Antigo Testamento que jaziam mofados no purgatório, já que tiveram a "infelicidade" de não serem contemporâneos de Jesus, tendo todos morrido sem aceitar alguém que nem havia nascido. e, nascimento por nascimento, tem o do meu filho, que há alguns anos atrás ameaçava vir entre os dias 15 e 30. ainda bem que eram só ameaças. e, pensando bem, de todos os filhos que eu quase tive, houve um pelo qual me apaixonei. o que me obrigou a comprar um teste pra dizer que realmente era só ameça e que não viria salvar ninguém, muito menos tirar alguém do purgatório. o nome dele seria Craudiomiro e eu quase o tive com umas três mulheres. agora eu quero uma menina e o nome dela será Julia.
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