terça-feira, 11 de dezembro de 2007

eu, sempre eu, e minha mania de ajudar as pessoas...

parece que a maioria das pessoas naum tem consciência de que fazer rir é um dos ofícios que exige refinamento de técnica... é de grande ingenuidade supor que qualquer um pode fazê-lo... mire-se no espelho... só de se olhar, você começa a gargalhar enlouquecido, fazendo 137 abdominais involuntárias, lacrimejando feito um desmamado?... não?... acalme-se... você pode burlar essa seleção natural por meio de algumas dicas que eu, misericordiosamente, disponibilizo gratuitamente para meus leitores:

1. existem piadas para serem lidas e piadas para serem ouvidas... assim, não tente decorar aquele email quilométrico para fazer bonito em casa... seus parentes, por mais que lhe amem de paixão, preferirão ler o original sem as suas pseudo-imitações;

2. piadista é um pouco médium: tem que incorporar... assim, jamais conte uma piada de turco se não for falar o “brima”, nem uma de português (me desculpe, liminha querida) sem o indefectível sotaque, nem uma de bicha sem todos aqueles trejeitos – mas não libere em excesso: se você quer sair do armário, escolha outra ocasião;

3. mulheres adoram homens com senso de humor... ouviram: com senso de humor... o problema é que o limite entre homem-com-senso-de-humor e homem-babaca-que-não-sabe-fazer-outra-coisa-que-não-contar-piada é muito tênue... esteja atento, meu caro;

4. nunca, jamais, em nenhuma hipótese, comece a contar uma piada sem verificar se você se lembra do final... até hoje algumas piadas incompletas assombram minhas noites de sono... e ninguém é obrigado a ficar traumatizado por sua culpa;

5. não explique a piada após tê-la contado... sim, eles todos entenderam... a questão é que não teve graça mesmo;

6. as piadas do tom cavalcante não são engraçadas; assim evite contá-las... afinal, você nunca reparou que aquelas gargalhadas de fundo continuam gargalhando mesmo quando a platéia já fechou a boca?

7. ria primeiro; depois, conte a piada;

8. numa festa conte piadas curtas... assim, só conte aquela piada da caixinha de tchum quando estiver num acampamento com amigos verdadeiramente amigos;

9. eu já conheço todas as piadas possíveis e imagináveis sobre advogados... portanto, se você já queria se exercitar na caixa de comentários, escolha outro assunto;

10. às vezes, ser ranzinza leva às pessoas a um riso incontrolável... mas, sinceramente, não preciso de concorrentes nesse quesito.


obs.: só pra terminar: por que todas as vezes que vou falar sobre esse assunto, a musiquinha “Sempre Rir” do palhaço bozo fica martelando em minha cabeça?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Palavras Repetidas

é difícil dizer o que ainda não foi dito, quanto mais pensar no que nunca foi dito. e hoje eu não consigo dizer nada novo. nada que nunca tenha pensado, dito ou ouvido de alguém. até por quê, nada se cria, tudo se transforma. e eu me transformo. geralmente quatro vezes por dia.
hoje eu realmente queria dizer algo, mas não consigo. poderia citar o fato de que tive um ótimo final de semana, poderia dissertar sobre como parafrasear. poderia citar alguns dos meus mais profundos sentimentos. poderia, sim, Bruna, dizer que choro. poderia tentar falar sobre o bem e o mal. sobre as pessoas que nunca vi. sobre os que amo, agora ou ontem.
mas não há nada para falar. poderia até fazer deste post uma coisa inútil. mas isso eu já fiz. poderia prometer a Deus e ao mundo que serei uma pessoa melhor daqui para frente. mas isso eu já fiz. poderia dizer o quanto gosto de mim mesmo, o quanto as coisas mudam, o quanto eu mudo as coisas. o quanto gosto de ser sincero. mas tudo isso eu já fiz.
poderia cair na tentação de não falar nada. e tentar dissertar sobre o nada. e ver alguma coisa em nada. mas isso eu já o fiz, parcialmente. se não o fiz, já disse a outras pessoas que gostaria de falar. e eu só quero alguma coisa nova.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

porque?

essa palavra vem em tudo. se é uma pergunta, ela está lá. uma resposta, ela é imprescindível. mesmo numa besta explanação essa palavra está lá, mas eu não sei a regra... eu nunca sei usar os porquês.
já tentei aprendê-los, já vi três regras diferentes de como fazê-los funcionar, já recebi explicações mil sobre eles, mas não, não, é uma grande confusão na minha mente. por isso eu tenho ignorado-os durante tanto tempo na minha. sempre que preciso, uso-me de um "pq", e ele está lá, não importa se é uma conjunção, pronome não sei das quantass ou até mesmo um substantivo.
acho que o por quê não devia ser um substantivo comum. devia ser próprio, devido a tais especificidades. deveria ser estudado pela biologia, já que esse ser se transforma por várias vezes, e é tão corriqueiro, eu não consigo escapar. cansei de usar "pois", "devido a", "já que" e qualquer coisa que meu conhecimento me permite usar pra fugir dele.
corro atrás da precisão na língua portuguesa e escorrego em leis tão básicas, mas não ligo. deixo pra lá, junto com tantas outras coisas, como sempre faço quando não consigo dominar algo. sempre foi assim e sempre consegui dar um jeito, por que agora vou me preocupar?
ah, eu realmente queria ter algumas respostas. tal como por que esse lema do "pq" reflete tanto meu jeito de ser. às vezes uso os pq's em respostas, em perguntas que realmente não são significativas. em horas que era melhor ficar quieto ou quando é pra falar, aí sim eu fico quieto. e deixo pra lá, pq ninguém se importa.